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Think Tank 2022

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B. Pinto: Alocução da Cimeira Mundial 2013

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A Federação para a Paz Universal tem vindo a ser distinguida e elogiada pelo papel crucial que vem desempenhando pelo estabelecimento da paz no planeta, com destaque no conflito do Médio Oriente e na unificação da Península Coreana, criando pontes entre raças, religiões e culturas, facto que lhe projectou a ser hoje, um órgão consultivo das Nações Unidas. Por esse feito, as nossas mais sinceras felicitações à Organização em geral e em particular, ao seu líder fundador, o Reverendo SUN MYUNG MOON que já não se encontra entre nós e a quem aproveitamos a oportunidade para render a merecida homenagem.

Depois das duas devastadoras guerras sofridas pela humanidade no século XX com todos os sofrimentos que deixaram marcas indeléveis seguidas de um período de quase cinco décadas de guerra fria, estávamos convencidos que iriamos experimentar um tempo novo e uma nova cultura de paz. Paz, desenvolvimento e democracia constituem um triângulo interativo e interdependentes porque sem a democracia não se garante o desenvolvimento duradouro, factor que gera conflitos, esmaga a liberdade e dá lugar à imposição e a dominação.

Infelizmente, o mundo continua conturbado com conflitos multiplicados em todos os cantos do planeta, ceifando vidas inocentes, devastando famílias, destruindo felicidades e atrasando o desenvolvimento. É necessário empenharmos todos para identificar as raízes dos problemas e imprimir acções no sentido de prevenção no desenvolvimento dos conflitos, medidas que pensamos estar a nossa altura e capacidade.

A paz é conturbada pela existência de conflitos de diferentes origens, sendo a principal felizmente bem identificada pela FPU, é a desarmonia existente entre as religiões no mundo. O esforço consentido pela FPU, através da imensa rede de seus embaixadores espalhados pelo mundo inteiro tem atingido os fins preconizados e constituído um importante e crucial contributo para o estabelecimento da paz no planeta.

Estamos convencidos que no mundo moderno em que vivemos só se consegue a paz mundial rompendo as barreiras que durante séculos e historicamente têm dividido a humanidade, nomeadamente, as barreiras de raça, religião, cultura, nacionalidade, etc, requerendo enfim, o estabelecimento de harmonia entre os seres humanos como o centro das nossas preocupações, ou seja, o seu constante desenvolvimento.

Não basta condenarmos as acções beligerantes, criticar o fabrico e comercio generalizado das armas, manifestar a indignação em relação aos milhares de refugiados em situação de indigentes, crianças exploradas sexualmente e impostas à trabalhos forçados; o momento é de reacção e que cada um de nós, contribua para o direito à paz, para o direito a viver em paz, implementando um dos princípios da FPU, “VIVER PELA CAUSA DOS OUTROS”.

Não nos é possível falar sobre a paz, sem chamar para essa tão importante discussão que hoje constitui a actualidade, o problema da família. A família como a mais fundamental unidade social é o imprescindível para o bem estar de qualquer sociedade e como tal todos os esforços para a sua organização e integração, não devem ser poupados e isto serve como uma das grandes medidas para se alcançar a paz.

Venho de um país pequeno, insular, localizado no meio do atlântico, no golfo da Guiné, onde temos vindo a construir a paz abraçados à convivência democrática, alicerçada nos princípios de respeito pelos direitos humanos, construção de lideranças, justiça e boa governação, como desideratos para transformar a paz numa cultura.

Nos esforçamos diariamente para nos entendermos porque já chegamos a conclusão que somos obrigados a convivermos juntos independentemente das nossas diferenças. Vivemos na diversidade e no respeito mutuo pelas ideias diferentes construindo consensos possíveis porque todos juntos ainda somos poucos para vencer os desafios do futuro. É dessas maravilhosas ilhas do equador que trazemos o calor do nosso povo e juntarmos assim a nossa voz e o nosso esforço nessa causa comum que é a construção da paz duradoura, participando nessa aprendizagem sem fronteiras geográficas, de raças ou de culturas.

Na expectativa de que este evento possa contribuir para reforçar todas as acções até agora desenvolvidas para a obtenção da paz no planeta, termino desejando a todos um bom trabalho e um muito obrigado pela atenção dispensada.